Chácara pede auxílio para ‘reconstrução’ após cheia do rio Tibagi
Local tem cinco casas e chalés, colocados para locação, que foram completamente tomados pela água - de três imóveis, a perda foi quase total. Empresário busca auxílio para a recomeçar
Publicado: 09/11/2023, 17:57

O alto volume de chuvas nas últimas semanas trouxe incontáveis prejuízos a dezenas de milhares de famílias de toda a região dos Campos Gerais. Entre os afetados está o empresário Lucio Ricardo Pfeiffer: ele, que é dono da Chácara Potreiro das Éguas, onde há casas e chalés para locação, às margens do Rio Tibagi, entre Teixeira Soares e Ponta Grossa, viu cinco casas suas serem cobertas pela água, resultando em perdas praticamente totais em algumas delas. Como a água ainda não baixou o suficiente, ele sequer sabe se duas casas de madeira continuam em pé e se poderão continuar a receber hóspedes. Por isso, ele pede qualquer tipo de auxílio, para conseguir se reerguer.
Lucio informa que está na região, que tem o pela Estrada do Kalinoski, há 22 anos, desde 2001, que já houve quatro cheias do rio no período, mas que nenhuma chegou perto do que foi essa, a ponto de deixar cinco casas debaixo d’água – de uma delas, nada ficou à vista; de outras duas, a água chegou ao telhado. Segundo ele, vizinhos que moram há mais tempo também relataram que nunca tinham visto nada do tipo. Com a casa que ele mora alagada, ele está abrigado em uma chácara vizinha, em um lugar mais alto.
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Tudo o que ele tinha até antes da enchente foi construído com suor, lembra o empresário. “Eu moro na chácara. Fiz um recanto no Rio Tibagi, que a pela chácara, onde o pessoal vai para pescar, para fazer acampamento. Então ao longo desses 22 anos, fui construindo uma casinha, consegui juntar mais dinheiro, fiz outra casinha, e hoje o que tenho são cinco casas que alugo para ar fim de semana. E todas essas cinco foram cobertas pela água”, explica. “Não é fácil, em 20 anos, construir uma coisa e ver parte dela indo embora. É muito triste”, lamenta o empresário.
Das duas casas que a água chegou pela metade, foi possível salvar bastante coisa, entre móveis e eletrodomésticos. “Mas das outras três, tudo ficou embaixo d’água. Não consegui calcular os prejuízos ainda, porque tem que esperar a água baixar, o que vai mais uns cinco ou seis dias. Dessas 3, a de material vai ficar lá, mas tem duas de madeira que talvez – e Deus queira que não – a água tenha derrubado”, diz.
Diante do alto volume de perdas, o empresário está buscando doações de móveis e itens domésticos, e também auxílio em dinheiro, por meio do Pix. Ele almeja alcançar, pelo menos, de R$ 25 a R$ 30 mil para esse recomeço. “Tudo vai ter que ser pintado. E tem o pessoal que trabalha comigo, que está sem receber – eu não estou ganhando e não tenho reservas. E precisamos de móveis, com certeza, principalmente camas e colchões, que vamos precisar também”, reforça Lucio.
Problemas logísticos
Quem mora nas proximidades da chácara Potreiro das Éguas também enfrenta grandes problemas logísticos, relata Lucio. De acordo com ele, o o pela Estrada do Kalinoski segue interditado, devido ao alto nível do rio, que inviabiliza o trânsito pelo local. Por esse motivo, o único o possível é feito pelo Distrito de Guaragi, mas com o aumento do fluxo de veículos, a estrada ficou deteriorada, e agora o fluxo de veículos também está impraticável. “Essa estrada também está há quatro ou cinco dias sem poder ar. Graças a Deus ninguém precisou de assistência médica. A prefeitura está arrumando, mas até agora, segue interditada”, completa.