Funcionária de presídio liga avô à morte de Isabella Nardoni

Reportagem exibida neste domingo no programa ‘Fantástico’, da TV Globo, aponta uma possível reviravolta no caso da menina Isabella Nardoni, morta em 29 de março de 2008 ao cair da janela de seu apartamento, em São Paulo. A investigação apontou a participação de Ana Carolina Jatobá, madrasta de Isabella, e de Alexandre Nardoni, pai da menina, na morte da criança. Agora, uma funcionária do presídio de Tremembé (SP), onde Ana Carolina está presa, disse que o avô de Isabella, Antônio Nardoni, teria orientado o casal a simular um acidente.

A mulher afirma que conversou com a própria Ana Carolina, ainda em 2008, quando ficou sabendo da participação. Segundo a funcionária do presídio, a madrasta assumiu ter batido na menina ainda dentro do carro, depois que a família havia saído de um supermercado. Já no apartamento, Isabella teria apanhado de Alexandre e desmaiou. O casal, achando que a menina havia morrido, ligou para Antônio e pediu ajuda. Ele teria sugerido a simulação de um acidente.

Segundo a reportagem do "Fantástico", a funcionária procurou o Ministério Público para dar seu depoimento. O procurador de Justiça Francisco Cembranelli, que foi promotor público nas investigações do caso, acredita que o novo depoimento é "convincente" e poderá reabrir o caso.

Mesmo após a condenação por homicídio triplamente qualificado, em 2009, o casal nunca assumiu a culpa pelo crime. Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e dez dias, enquanto Ana Carolina pegou pena de 26 anos e oito meses.