Centro de Reabilitação da UEPG será referência em tratamentos no Brasil
O CER-4 receberá um custeio de R$ 400 a 500 mil, disponibilizados pelo Ministério da Saúde
Publicado: 30/05/2025, 10:58

O início das obras do Centro Especializado em Reabilitação (CER-4), foi marcado em uma cerimônia realizada na manhã desta sexta-feira (30), no Campus da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). O CER-4, que atenderá pessoas com deficiência e também diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), será construído ao lado do Hospital Universitário dos Campos Gerais.
INVESTIMENTO - A obra conta com um investimento de R$ 10 milhões, sendo que R$ 7,86 milhões foram conquistados por meio de articulação do mandato do deputado federal, Aliel Machado, junto ao Ministério da Saúde. Entrevista ao Portal aRede, o deputado destacou que a obra está acontecendo por um esforço muito grande do reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto. "O prédio não vai existir por si só. Ele vai ter profissionais, ele vai ter o custeio, e nisso a universidade foi muito competente, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi muito solícita".
Aliel também relembrou que o Governo Federal atendeu o seu pedido e, além do programa Mais Médicos, em 2023, foi anunciado o Centro Especializado em Reabilitação. "Eu, popularmente, estou chamando de clínica do autismo, porque também vai atender nesse sentido. Esse Centro é o maior de todos eles, porque você tem vários níveis, atendendo as quatro deficiências: auditiva, visual, física e psíquica, intelectual".
No entanto, para o deputado, o mais importante é a equipe ter conquistado o custeio do CER-4, como compromisso do Ministério da Saúde. "Mensalmente nós vamos ter um recurso disponibilizado de 400 a 500 mil reais, para que a gente tenha a contratação dos profissionais especializados. Esse é um compromisso que fará com que Ponta Grossa e a região seja referência no atendimento dessas pessoas, que hoje não têm essas condições".
Para o vice-prefeito de Ponta Grossa, Pastor Moisés Faria, o CER-4 é de enorme importância para o município. "Não só pela forma em como foi conquistado esse investimento, mas muito mais do que isso, é atender as pessoas com deficiência. A gestão da prefeita Elizabeth, a nossa gestão, se preocupa muito com a inclusão. Esse Centro trata de vários aspectos, inclusive deficientes visuais, pessoas com TEA, então, é um investimento maravilhoso".
SOBRE - Já o retor da UEPG, Miguel Sanches Neto, afirmou estar muito feliz e agradeceu o deputado federal Aliel Machado que, segundo o reitor, é o responsável pela obra acontecer em Ponta Grossa. "O CER, em geral, pode ser implantado em qualquer município do Brasil. Quando se define que vai ser implantado em Ponta Grossa, é porque houve uma articulação política muito forte para que ele fosse em Ponta Grossa. E quando ele é implantado dentro da Universidade, isso também é uma articulação política, porque geralmente se implanta em estruturas municipais ou estaduais", declarou.
Por fim, o reitor ressaltou que, para a UEPG, o Centro será de extrema importância. "Nós também teremos uma formação melhor dos nossos estudantes da área da saúde e também será um campo de pesquisa e de estudo, ou seja, nós vamos aliar assistência e formação de profissionais com formação específica nessas áreas, mas também com uma humanização do tratamento dessas pessoas".
Segundo Miguel, a construção, que iniciou nesta sexta, deve ficar pronta em até dois anos. "A gente quer acelerar o máximo da obra, porque, como sempre dizem, quando se entrega uma obra antes do esperado, principalmente na área da saúde, mais pessoas são atendidas".
O vice-reitor da UEPG, Ivo Demiate, destacou que o Complexo de Saúde da UEPG atende o município de Ponta Grossa e mais 17 municípios das regiões próximas. "A universidade participa ativamente desse processo de atendimento em saúde e o CER-4 será um grande equipamento público para dar esse e. Então, é uma grande conquista para a cidade, para a região e para o estado de Paraná".
ESPAÇO - O projeto prevê 1924,02 m² de edificação, nos quais devem ser ofertados serviços para habilitação e reabilitação física, auditiva, visual, intelectual e de transtornos do espectro autista. O prédio terá um pavimento térreo, com ambientes de recepção; consultórios clínicos; consultórios especializados (ortopedista, enfermagem, otorrino, oftalmológico, neurologista, entre outros); salas de terapia em grupo e individuais para público adulto e infantil; ginásio; área istrativa e de apoio; instalações sanitárias; playground; áreas de convivência interna e externa; e jardins internos.
A construção permite a ampliação do o aos serviços de saúde especializados e uma maior inclusão social das pessoas com deficiência, como salienta a pró-reitora de Planejamento (Proplan), Andrea Tedesco. “O CER-4 desempenhará um papel essencial na construção de uma sociedade mais inclusiva e na valorização do potencial humano, gerando benefícios econômicos e sociais de longo prazo, estimulando a formação de profissionais capacitados e a realização de estudos voltados para a melhoria dos serviços de reabilitação”.
Os Centros Especializados de Reabilitação são espaços para atendimento em saúde às pessoas com deficiência. O Centro, no Campus Uvaranas, será o segundo CER-4 no Paraná. Serão, pelo menos, 1400 m², nos quais devem ser ofertados quatro ou mais serviços para habilitação e reabilitação física, auditiva, visual, intelectual e de transtornos do espectro autista. O Governo Federal, por meio do Programa Viver sem Limite, estabeleceu a meta de implantação de 45 novos CERs em todo o país, para ampliar o o e a qualidade dos serviços de saúde prestados a essa parcela da população.
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