Cotidiano
CCR PRVias tem plano emergencial para traçado rodoviário de PG
Os principais objetivos das intervenções, que serão realizadas ao longo dos próximos 12 meses, são reduzir o número de acidentes
Matheus Gaston | 28 de maio de 2025 - 06:48

A CCR PRvias, concessionária responsável pelo Lote 3 de rodovias do Paraná, possui um plano emergencial para as rodovias federais que am por Ponta Grossa. Os principais objetivos das intervenções, que serão realizadas ao longo dos próximos 12 meses, são reduzir o número de acidentes e garantir mais segurança aos usuários das vias.
Uma reportagem publicada pelo Portal aRede na última sexta-feira (23) mostrou que a insegurança nos trechos urbanos das BRs 373 e 376 tem sido motivo de preocupação e cobrança por parte da Câmara de Vereadores. Estatísticas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelam que mais de 20 pessoas perderam a vida em acidentes nas duas vias desde 2024.
Em entrevista ao Grupo aRede, Arrison Szesz, gerente de Operações da CCR PRVias, apontou que as ações de revitalização e readequação do pavimento e de sinalização estão ocorrendo em diferentes pontos do lote desde o início da operação, em 16 de maio. A empresa istrará quase 570 quilômetros de rodovias dos Campos Gerais e do Norte Pioneiro.
“Isso já deve trazer uma virada de chave nas rodovias. As estradas vão ser colocadas em 100% dos parâmetros de conservação e manutenção para trazer maior segurança e fluidez, conforme exige o contrato de concessão”, ressalta o gerente.
Uma das intervenções a ser realizada é o tratamento de pontos críticos de segurança. Nestes locais, a concessionária pretende instalar sinalizações diferenciadas para chamar a atenção dos motoristas. Outra proposta é a implementação de linhas de estímulo à redução de velocidade (LERV).
ANÁLISE - Szesz explica que as obras estruturantes previstas no contrato foram definidas a partir de um estudo sobre o estado em que se encontram as entradas integrantes do Lote 3. Inclusive, o levantamento também permitiu que a CRR PRVias tivesse um panorama das rodovias que a a istrar.
“Estudamos e levantamos as situações. No geral, são rodovias com muitos buracos e com sinalização totalmente apagada em alguns segmentos. São nesses pontos que esse serviço pré-inicial irá focar”, diz.
Os alagamentos frequentes na região do Rio Ronda foram um dos problemas identificados pela empresa na BR-376. Szesz afirma que a concessionária deve iniciar tratativas para lidar com a limpeza do local e evitar que o fluxo de veículos que a pelo local continue sendo afetado. “Caso chova forte, por exemplo, temos planos de contingência. Ou seja, como sinalizar, como liberar e como garantir a segurança”, garante.
MODERNIDADE - O gerente de Operações indica que contrato do Lote 3 possui um diferencial em relação aos anteriores: a maioria das obras ocorre já no primeiro ⅓ do período de concessão. A partir do terceiro ano, já se prevê a entrega de duplicações, vias marginais e arelas.
Outra novidade é a revisão quinquenal, que garante flexibilidade e permite a adequação das obrigações contratuais caso sejam identificadas novas necessidades operacionais. Dessa forma, novos investimentos podem ser definidos de cinco em cinco anos.
Em Ponta Grossa, a maior intervenção será a construção dos contornos Norte e Leste. Juntas, as estruturas terão mais de 42 quilômetros de pistas duplicadas. De acordo com Szesz, a construção atende à previsão de aumento do fluxo de veículos nos trechos urbanos de rodovias nos próximos anos.
COBRANÇA - Apesar de ter iniciado as operações em 16 de maio, as praças de pedágio da CCR PRVias ainda não realizam a cobrança de motoristas. Szesz explica que a tarifa só começa a ser aplicada após o encerramento das atividades iniciais de recuperação e vistoria por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), responsável pela fiscalização do contrato. A previsão é que o início da cobrança ocorra no início do segundo semestre deste ano, de acordo com o gerente de Operações da concessionária.