Classe de Piraí do Sul aprende e imerge na comunicação com libras
Estudo sobre importância da linguagem, apresentação no Dia das Mães e respeito às diferenças foram amplamente trabalhados no quinto ano A da Escola Rural Padre Anchieta
Publicado: 22/05/2025, 12:00
O quinto ano A da Escola Rural Municipal Padre Anchieta, em Piraí do Sul, da professora Juliane do Rocio de Anhaia, desenvolveu ações junto ao livro ‘Aprende Brasil – 5º ano – Volume 1’, sobre o trabalho com libras. A docente elenca que as imagens ensinavam que a comunicação pode ser feita em gestos, expressões faciais ou corporais.
“Há também imagem do alfabeto em libras para conhecimento prévio e sugere o treino motor com apresentação do nome próprio. A abordagem gerou curiosidade por parte dos alunos, que se empenharam em aprender. Para desafiá-los a aprofundar mais no assunto, foi pedido que pesquisassem sobre o tema com intuito de aprofundarem os métodos de comunicação e de expressões em libras e que apresentassem os resultados aos demais colegas, além de compreenderem a necessidade que todos têm em se comunicar apesar das limitações”, aponta a educadora.
Juliane elenca que, como houve bastante envolvimento da turma, foi sugerido que aprendessem uma canção em libras para atingir um público maior. Em acordo coletivo, a temática escolhida foi o Dia das Mães, onde apresentariam uma canção em homenagem às suas figuras maternas e de toda a comunidade, especialmente as inclusas na cultura surda.
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“Diante dos muitos objetivos nesse conteúdo, foi possível aprofundar a visão de que existem várias maneiras de se comunicar, é necessário valorizar a cultura surda, a diversidade linguística e promover a sensibilização e conscientização tanto dos alunos quanto dos pais e educadores. Mesmo com dificuldades e longe da perfeição, a mensagem que os alunos aram foi compreendia pelas homenageadas. Esse trabalho permitiu desmistificar a ideia de que a surdez é apenas uma deficiência, e que sim é uma diferença cultural que deve ser respeitada”, aponta a professora.
Para complementar, a docente elenca que o empenho dos alunos no trabalho foi gratificante no sentido de que compreenderam que a comunicação em libras não pode ser uma prática somente de quem é indivíduo da cultura surda, e que sim deve ser uma prática coletiva, pois todos somos seres que ocupam os mesmos espaços e a comunicação deve ser ível, bem como compreensível, a todos.
“Os alunos compreenderam que, apesar de não possuírem contato com pessoas da cultura surda na atual situação em que vivem, essa realidade pode mudar. Concluíram que o conhecimento prévio de libras poderá facilitar a comunicação em situações de necessidade, pois sabem que as formas de se fazer entender não se dão apenas através de comunicação verbal, e sim que há diversas formas de comunicar sentimentos e ações cotidianas”, conclui a educadora.
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